Startup social conecta voluntários e busca profissionalizar ONGs no Brasil

A startup social FreeHelper conecta pessoas com vontade de fazer voluntariado dentro de sua área de formação profissional e ONGs que precisam de voluntários em áreas como comunicação e tecnologia.

7,2 milhões de pessoas realizam atividades de trabalho voluntário no Brasil, o que corresponde a 4,3% da população do país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Segundo a pesquisa, 91% das pessoas que fazem trabalho voluntário no Brasil atuam em organizações da sociedade civil. Diante disto, como uma maneira de aproximar Organizações Não Governamentais (ONGs) e voluntários das mais variadas áreas, um grupo de amigos criou o startup social FreeHelper

O projeto, que surgiu há três anos e meio, trabalha com o voluntariado profissional, que tem uma duração específica de curto e médio prazo. A startup possui ONGs de diferentes causas sociais em sua base e as profissionaliza por meio do voluntariado. 

“Através de pesquisas, identificamos que as duas maiores causas que levam as pessoas a não fazer o voluntariado é a falta de tempo e oportunidade. O problema de tempo foi resolvido, pois a maioria das nossas ações são feitas de maneira remota, sendo geridas por meio de tecnologias como e-mail e o WhatsApp. Já em relação à falta de conhecimento, nós mandamos as sugestões de trabalhos voluntários por e-mail e a pessoa recebe vagas relacionadas à sua área”, conta Amanda Cavali, de 23 anos, que é analista de projetos e responsável pelo relacionamento com as ONGs e parceiros FreeHelper. 

Para se candidatar, basta cadastrar os dados pessoais e sua área de atuação, ver as vagas de voluntariado que chegam no e-mail, solicitar a sua participação na vaga e realizar a ação. Após isso, o usuário receberá um feedback e poderá se candidatar para outros trabalhos de seu interesse. 

Até o momento, a FreeHelper promoveu 150 ações que impactaram mais 700 mil pessoas, desde os voluntários que se candidataram até os beneficiários das organizações do terceiro setor. A entidade busca engajar cada vez mais pessoas, principalmente os jovens, e também profissionalizar as organizações. 

“As pessoas têm paixão pela causa, mas não sabem fazer os trabalhos que precisam, como as áreas básicas que sustentam a organização, que são as áreas de comunicação, área jurídica, financeira, gestão, tecnologia e outras”.

Amanda trabalha com o voluntariado desde os 15 anos. Para ela, a ação ajuda no desenvolvimento de pessoas com características de líderes, que colaboram para a solução dos problemas. 

“Além disso, você aprende a trabalhar com pessoas de ambientes diferentes do seu e conhece pessoas com propósito de vida diferente do seu. Você também tem o prazer em ajudar e faz de forma gratuita, porque acredita em algo”, conclui.  

Para conhecer o projeto, acesse o site: https://freehelper.com.br/

Por: Isabela Alves

Fonte: observatorio3setor.org.br

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