OMS: consumo de álcool mata quase 3 milhões de pessoas por ano

O consumo do álcool mata quase 3 milhões de pessoas ao ano, revelou relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Em estudo lançado em Genebra, a agência diz que a substância causa uma em cada 20 mortes por fatores como condução em estado de embriaguez, violência, abuso induzido pelo álcool, além de várias doenças e distúrbios.

O consumo do álcool mata quase 3 milhões de pessoas ao ano, revelou um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em estudo lançado em Genebra, a agência diz que a substância causa uma em cada 20 mortes por fatores como condução em estado de embriaguez, violência, abuso induzido pelo álcool, além de várias doenças e distúrbios.

Relatório de status global sobre álcool e saúde e tratamento de transtornos por uso de substâncias destaca uma queda ligeira da taxa de mortalidade nos últimos anos, mas considera que continua “inaceitavelmente alta”.

Em 2019, cerca de 2,6 milhões de mortes foram atribuídas ao consumo de álcool. As estatísticas daquele período, que serviram de base do novo estudo, destacam que o total corresponde a 4,7% de todas as mortes. Quase três quartos dos óbitos foram de homens.

Em relação ao percentual de pessoas que consomem álcool em países de língua portuguesa, Portugal tem a maioria com 78,1%.

A seguir estão Brasil com 58,1%, Cabo Verde com 57,1%, São Tomé e Príncipe com 53,2%, Angola com 53,1% e Timor-Leste com 34,6%. Os menores consumidores são Guiné-Bissau com 26,5% e Moçambique com 23,9%.

Quanto ao consumo por litro por pessoa num ano, na frente está Portugal com 13,4, Guiné-Bissau aparece com 15,3, Brasil com 13,3, Angola com 11,3, Cabo Verde com 11, São Tomé e Príncipe com 9,5. Por fim estão Moçambique com 8,5 e Timor-Leste com 1,2 litro.

A Europa é a região global com os maiores níveis de consumo de álcool por pessoa, com uma média de 9,2 litros. A seguir estão as Américas, com 7,5 litros.

O relatório destaca ainda que o menor consumo foi observado em países predominantemente muçulmanos no norte da África, no Oriente Médio e na Ásia.

Para o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, o uso de substâncias lesa gravemente a saúde individual, aumentando o risco de doenças crônicas, condições de saúde mental e derivando tragicamente em milhões de mortes evitáveis todos os anos.

Jovens

O chefe da agência ressaltou que houve “alguma redução no consumo de álcool e em danos relacionados em todo o mundo desde 2010”.

No entanto, expressou que persiste “inaceitavelmente alto” o fardo social e de saúde devido ao uso de álcool com os mais jovens sendo afetados de forma desproporcional. Na faixa etária entre 20 e 39 anos foi observada uma maior proporção de óbitos atribuíveis ao álcool de 13% no período analisado.

O consumo da substância está associado a problemas de saúde, incluindo cirrose hepática e alguns tipos de câncer. Estima-se que em 2019, cerca de 1,6 milhão de mortes foram causadas por doenças crônicas.

Ferimentos, acidentes de trânsito e automutilação

Deste total, 474 mil foram de doenças cardiovasculares, 401 mil de câncer e 724 mil causadas por ferimentos, incluindo acidentes de trânsito e automutilação.

O estudo indica que o abuso de álcool também torna as pessoas mais suscetíveis a doenças infecciosas, como tuberculose, HIV e pneumonia.

Estima-se que 209 milhões de pessoas viviam com dependência alcoólica, ou o correspondente a 3,7% da população global. O consumo total por pessoas em todo o mundo diminuiu ligeiramente para 5,5 litros de álcool em 2019, dos 5,7 litros registrados nove anos antes.

ONGs Brasil

No Brasil existem vários ONGs que trabalham com pessoas que tem vícios em bebidas alcoólicas. O Projeto eu acredito reabilita dependentes de drogas, álcool, ou qualquer outra substância química e pessoas em situação de vulnerabilidade social. Oferece tratamento e programa socioeducativos de maneira gratuita a pessoas do sexo masculino entre 18 e 60 anos. Clique aqui e conheça seu trabalho!

Al-Anon do Brasil, ONG que atua em São Paulo, Ceará, Bahia, Maranhão e Rio de Janeiro, e através dos Grupos Familiares Al-Anon, parentes e amigos de alcoólicos compartilham suas experiências, com o intuito de solucionar os problemas que têm em comum. A organização também tem grupos de apoio voltados a jovens de 13 a 19 anos que sofrem com o alcoolismo de um familiar ou amigo. Clique aqui e conheça seu trabalho!

Fonte: ONU News / observatorio3setor.org.br

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