50% dos trabalhadores domésticos não têm acesso à educação no Brasil

IBGE avaliou restrição a educação, serviço de saneamento básico, moradia adequada, proteção social e internet. Restrições que mais afetam os brasileiros são as relacionadas a saneamento (37,2%) e educação (27,6%).

O relatório Síntese de Indicadores Sociais 2019, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que metade (50,7%) dos trabalhadores domésticos no país possuem restrição à educação.

O relatório também mostrou que um quarto da população brasileira (52,5 milhões de pessoas) vivia com menos de R$ 420 por mês em 2018, o que caracteriza situação de pobreza.

Além da escassez de rendimento, a pobreza, em uma definição ampla, engloba níveis de educação, alimentação e saúde abaixo dos padrões/direitos estabelecidos, falta de acesso a serviços básicos, ambiente pouco saudável, dentre outros aspectos que compõem a pobreza em suas variadas dimensões.

No relatório, foram consideradas restrições de acesso em cinco dimensões, disponíveis com os dados coletados pela PNAD Contínua de 2017 e 2018: educação, serviço de saneamento básico, moradia adequada, proteção social e internet.

A restrição à educação envolve casos em que crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade não frequentam a escola, pessoas de 15 anos ou mais de idade são analfabetas, e pessoas de 16 anos ou mais de idade não possuem ensino fundamental completo.

Dentre as posições na ocupação, cerca de metade (50,7%) dos trabalhadores domésticos possuíam restrição à educação no último levantamento, enquanto dentre militares e funcionários públicos essa proporção era de 5,2%.

Em relação aos serviços de saneamento básico e à internet, os trabalhadores familiares auxiliares eram o grupo que apresentava maior proporção com tais restrições, 72,1% e 35,2%, respectivamente.

No Brasil, 27,6% das pessoas possuíam restrição à educação, 3,1% à proteção social, 12,8% às condições de moradia, 37,2% aos serviços de saneamento básico e 20,1% à internet.

Por: Maria Fernanda Garcia

Fonte: observatorio3setor.org.br

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