Taxa de analfabetismo no Brasil é 10 vezes maior que na Argentina

Entre países da América Latina, Brasil só tem taxa melhor que El Salvador, Honduras e Guatemala, e está no mesmo nível da República Dominicana.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), presentes  no relatório Síntese de Indicadores Sociais – 2019, do IBGE, o Brasil tem uma taxa de analfabetismo 10 vezes maior que a Argentina.

Uma comparação com dados de 2015 revela que o Brasil apresentou a mesma taxa da República Dominicana (8,0%), abaixo apenas de El Salvador, Honduras e Guatemala, na América Latina.

Na Argentina, apenas 0,8% da população acima de 15 anos era analfabeta em 2015. O país só perdia para Cuba, que tinha 0,2% de sua população analfabeta.

A Venezuela, que desde então mergulhou em uma grave crise humanitária, também tinha uma taxa de analfabetismo (3,2%) bem menor que o Brasil.

Em 2018, segundo o IBGE, o percentual da população brasileira que não sabia ler nem escrever havia caído para 6,8%.

A pesquisa do IBGE mostra que o aumento da escolaridade no Brasil é mais rápido entre as gerações mais novas, que se beneficiaram do processo recente de expansão da educação básica e do ensino superior.

O Plano Nacional de Educação (PNE) almeja elevar o nível de instrução dos jovens de 18 a 29 anos para no mínimo 12 anos de estudo. Em 2018, cerca de um terço dos jovens de 18 a 29 anos não havia completado 12 anos de estudo.

Esse percentual varia consideravelmente dependendo da situação domiciliar, cor e classe da população, segundo o rendimento ao qual o jovem pertence. Por exemplo, menos da metade dos jovens residentes na área rural havia completado o ensino médio (44,6%), em comparação com 69,8% dos jovens residentes em área urbana.

Apesar do avanço geracional observado no aumento da população com ensino superior completo ou com qualificação mínima para ingressar nesse nível, somente 16,5% da população brasileira de 25 anos ou mais de idade possuíam graduação completa em 2018.

Por: Maria Fernanda Garcia

Fonte: observatorio3setor.org.br