Atuando em São Paulo e Minas Gerais, o Instituto Superação proporciona o acesso à prática esportiva para estudantes da rede pública. A ideia do projeto é utilizar o esporte como ferramenta aliada à educação escolar.
A prática esportiva pode ser uma ferramenta poderosa no momento de educar crianças e adolescentes. São vastas as histórias de jovens que conseguiram utilizar o esporte para superar diferentes vulnerabilidades sociais, distanciar-se do crime, vencer vícios e reverter problemas de saúde mental. Entendendo o poder do esporte, principalmente somado à educação, o Instituto Superação proporciona o acesso à prática esportiva saudável e positiva para estudantes da rede pública de ensino.
O objetivo do Instituto Superação, organização não governamental que surgiu em 2016, é impactar e transformar as vidas dos jovens alunos de forma positiva. Utilizando o chamado “Método DNA Superação” — técnica socioemocional atrelada ao desenvolvimento esportivo — os profissionais dedicados a orientar as crianças durante as práticas esportivas não focam apenas em auxiliar na parte técnica do esporte, mas também ensinam valores que tornem os estudantes pessoas exemplares fora das quadras.
Para Joana Miraglia, diretora-geral do Instituto Superação, o esporte é uma prática que pode contribuir com o desenvolvimento acadêmico dos jovens. “A partir do momento em que a gente promove o desenvolvimento de competências socioemocionais, gera repertório de valores e atitudes, essa molecada volta diferente para a sala de aula, trazendo o repertório e conhecimento adquirido durante a prática esportiva”.
Além da busca por potencializar a educação formal, o trabalho de fomentação do esporte realizado pelo Instituto Superação pode colaborar com outros diversos problemas enfrentados atualmente pelo país. O sedentarismo, por exemplo, é um mal que atinge a maioria dos jovens do Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 84% dos jovens brasileiros são sedentários.
A saúde mental é outro problema latente enfrentado pelos jovens no país. De acordo com uma pesquisa do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – Bahia), a quantidade de suicídios entre crianças e adolescentes cresceu 6% ao ano, entre 2011 e 2022.
A prática esportiva é um ponto importante para a saúde mental dos jovens. Joana destaca que, além das questões químicas que envolvem o bem-estar promovido pela atividade física, existem outros fatores que colaboraram com o psicológico das crianças e adolescentes. “Para o jovem poder fazer parte de um grupo, se sentir produtivo e inteligente. Tudo isso ajuda muito nas questões de saúde mental. Temos relatos muito legais de professores e diretores, sobre o quanto o instituto muda a relação dos meninos com a escola e com a família”.
No momento, o Instituto Superação trabalha em São Paulo e Minas Gerais, fechando o ano de 2023 com a soma de 70 escolas atendidas nos dois estados e com o total de 2200 alunos-atletas. Para 2024, a meta da organização é aumentar para 80 o número de atuação em escolas da rede pública. O Instituto Superação também se dedica à formação de professores de educação física. No ano passado, foram disponibilizadas 80 videoaulas e realizados 8 encontros presenciais de formação para 73 professores da rede estadual de ensino.
O trabalho do Instituto Superação contribui diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU. Sobretudo, com o ODS 3 (Saúde e bem-estar), ODS 4 (Educação de qualidade) e o ODS 10 (Redução das desigualdades).
Fonte: observatorio3setor.org.br