Uma baleia-jubarte medindo cerca de 18 metros foi avistada com cordas e boias de flutuação presas em seu corpo na região de Gippsland, na costa sudeste da Austrália.
O macho, um adulto, não conseguia nadar direito porque os apetrechos de pesca estavam enroscados na cauda, além de demonstrar comportamento de estresse.
Todo ano, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos são gerados, mas 33% não recebem tratamento adequado. A quantidade equivale a um caminhão de lixo cheio de plástico sendo despejado no oceano a cada minuto.
Uma baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) medindo cerca de 18 metros foi avistada com cordas e boias de flutuação presas em seu corpo na região de Gippsland, na costa sudeste da Austrália. O macho, um adulto, não conseguia nadar direito porque os apetrechos de pesca estavam enroscados na cauda, e ele demonstrava um comportamento de estresse.
Para tentar evitar o pior, uma operação de emergência foi montada envolvendo equipes de vários órgãos ambientais do governo de Victoria. Biólogos conseguiram colocar um equipamento que emitia sinais de GPS para a localização da baleia.
No dia seguinte, com a ajuda de imagens aéreas ao vivo e profissionais em pequenos barcos, foi possível remover parte do material. A quantidade de resíduos era impressionante: 200 metros de cordas e o peso total, somando as onze boias de flutuações, 800 kg.
Infelizmente, por motivo de segurança, as embarcações não puderam se aproximar demais da baleia, então nem tudo foi removido.
“Trabalhar em mar aberto, durante o inverno, com um dos maiores animais do mundo não é uma tarefa fácil, mas conseguimos realizar um excelente resultado”, afirmou Ellen Dwyer, controladora de incidentes do Departamento de Energia, Meio Ambiente e Ação Climática de Victoria.
A polícia australiana abriu uma investigação para tentar descobrir quem são os responsáveis pelo descarte do material no mar. A suspeita inicial é que alguma embarcação internacional tenha jogado tudo na água e a jubarte tenha se enroscado durante a sua trajetória de migração, vinda da Antártica. A espécie percorre até 10 mil km todos os anos de lá até chegar às águas mais quentes do norte da Austrália, onde descansam e se reproduzem.
Casos como esse são cada vez mais frequentes. Cordas e apetrechos descartados pela indústria pesqueira estão entre os principais responsáveis pela morte de baleias, assim como colisões com barcos.
O secretário-geral lamentou os números, afirmando que o planeta está sendo tratado “como uma lixeira”. Ele disse que, no ritmo atual, a produção de dejetos chegará a quatro toneladas por ano até 2050.
Terceiro Setor
A organização não governamental com sede na Holanda, The Ocean Cleanup, é sediada na Holanda e conta com 120 engenheiros, pesquisadores, cientistas, modeladores computacionais e funções de apoio, trabalhando diariamente para livrar os oceanos do mundo do plástico. O projeto utiliza as forças naturais do oceano para concentrar e capturar passivamente o plástico acumulado no Pacífico. O próximo passo, uma vez que o programa estiver totalmente operacional, será retornar esse plástico à terra para reciclagem. Para conhecer seu trabalho clique aqui.
Imagem: Reprodução redes sociais/ Governo de Victoria/ Austrália
Fontes: Conexão Planeta / ONU News / observatorio3setor.org.br