Brasil sobe 10 posições em ranking mundial de liberdade de imprensa

A situação no país, no entanto, continua sendo “problemática” ,segundo avaliação da entidade que luta pela liberdade de expressão e segurança dos jornalistas no mundo todo.

O Brasil passou da 92ª posição para a 82ª, ficando atrás de países como Timor Leste, Moldávia, Hungria e República Centro Africana.

O Brasil subiu 10 posições no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa, um levantamento anual feito pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).

A situação no país, no entanto, continua sendo “problemática”, na avaliação da entidade, que luta pela liberdade de expressão e segurança dos jornalistas no mundo todo.

O ranking atual foi divulgado na sexta-feira (03/05), o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, e analisou a situação em 180 países e territórios ao redor do planeta.

O Brasil passou da 92ª posição para a 82ª, ficando atrás de países como Timor Leste, Moldávia, Hungria e República Centro Africana.

Segundo a ONG, a mudança de governo no ano passado ajudou o país a melhorar os seus índices de liberdade de imprensa.

“O novo governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva restabeleceu relações normais entre a mídia e as agências estatais após o mandato de Jair Bolsonaro como presidente, que foi marcado por constante hostilidade em relação à mídia”, disse a RSF.

A entidade, no entanto, alerta que “a violência estrutural contra jornalistas, a propriedade altamente concentrada dos meios de comunicação social e os efeitos da desinformação ainda colocam grandes desafios à liberdade de imprensa (no Brasil)”.

RSF leva em consideração cinco critérios diferentes para dar “notas” para cada país ou território em relação à liberdade de imprensa em cada um deles: contexto político, quadro jurídico, contexto econômico, contexto sociocultural e segurança para o trabalho dos jornalistas.

A partir dessas notas, a ONG cria o ranking e o divide em cinco blocos: 1) lugares com “boa” liberdade de imprensa; 2) locais com liberdade “satisfatória”; 3) áreas “problemáticas” (como é o caso do Brasil); 4) países em situação “difícil”; e 5) territórios em situação “muito séria” de abusos contra a imprensa.

A RSF lembra que pelo menos 30 jornalistas foram mortos no Brasil na última década, em geral em cidades menores, onde a mídia é mais exposta a pressões políticas e de organizações criminosas.

Segundo o levantamento, o Brasil é o segundo país mais perigoso para os jornalistas nas Américas, atrás apenas do México, o país teve pelo menos 37 jornalistas foram assassinados nos últimos cinco anos.

Fonte: CNN Brasil / observatorio3setor.org.br

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