Jovens trocam carreiras em multinacionais para criar empresa que promove intercâmbio social

Com a vontade de tornar o mundo melhor, três jovens talentos abriram mão de carreiras em multinacionais para espalhar voluntários pelo mundo para fazer o bem.

Muitas pessoas sonham em mudar a realidade daqueles que mais precisam. Porém, são raros aqueles que têm coragem para fazê-lo. Com a ideia de tornar o mundo um lugar melhor, mais justo e igualitário, dois jovens formados em administração de empresas pela UFRGS decidiram, em 2016, abrir mão de suas carreiras em multinacionais para investir em algo que trouxesse um retorno pessoal, mas também social. Eles criaram a Exchange do Bem, uma empresa de intercâmbio social que conecta voluntários a diversos projetos ao redor do mundo, destinando 10% do lucro para investimentos em ações sociais no Brasil.

A fundação da empresa se mistura com a história do Eduardo Mariano, apaixonado por viajar. Em 2013, com 24 anos, embarcou em uma viagem transformadora para o Nepal, país em desenvolvimento da Ásia, para trabalhar como voluntário em um orfanato. Ele percebeu que poderia fazer algo realmente mais significativo pela sociedade: “Fui percebendo que simples tarefas colocavam enormes sorrisos nos rostos das crianças. Mesmo com tanta pobreza, falta de infraestrutura básica e muitas vezes com fome, pequenos gestos como um abraço traziam uma felicidade enorme para a vida delas, mesmo que por breves instantes”.

Ao retornar para o Brasil, mesmo diante de uma promoção na empresa em que trabalhava, Eduardo optou por abandonar uma carreira promissora, para seguir um propósito e mergulhou de cabeça na fundação da Exchange do Bem. “O nome Exchange do Bem significa exatamente isso: é uma troca de gentilezas, você faz o bem e recebe o bem em troca”, afirma Eduardo.

Ele procurou o amigo e colega de faculdade, Francisco Cavalcanti, atualmente com 34 anos, para juntos tirarem o projeto do papel. “O grande desafio era personalizar o atendimento e encantar o voluntário desde o primeiro contato com a empresa, e ao mesmo tempo garantir que o voluntário fosse alocado ao projeto certo, assegurando que suas habilidades fossem usadas para gerar um impacto positivo na comunidade atendida, sem nenhum imprevisto durante a viagem”, ressalta Francisco.

Foi em 2019, quando Sandra Santos, 33 anos, engenheira de produção pela UFSCar, após viajar como voluntária para o Quênia pela Exchange do Bem, deixou a posição de Gerente de Planejamento e Projetos de uma tradicional empresa americana, e juntou-se ao time, motivada pela causa de que “juntos podemos transformar o mundo”, para ajudar no desenvolvimento de novos produtos para a empresa. “O voluntariado no orfanato do Quênia me reafirmou que se cada um fizer a sua parte, a sociedade como um todo é beneficiada. E por que não fazer as empresas abraçarem essa ideia também?”, comenta Sandra.

Com a entrada de mais uma pessoa na sociedade, e com um aporte financeiro de investidores-anjo recebido em 2018, os sócios sentiram que era a hora de dar mais um passo na história da empresa. Foi assim que a Exchange do Bem expandiu para a maior cidade da América Latina. Hoje, além do escritório em Porto Alegre onde começou, a empresa conta também com um endereço na avenida Paulista, no coração da cidade de São Paulo, onde atende diariamente desde clientes interessados em voluntariar até parceiros engajados na causa de fazer o bem e com empatia.

Os projetos sociais que a Exchange do Bem promove foram selecionados e inspecionados rigorosamente, para oferecer segurança aos voluntários e verificar se o impacto social é relevante para a comunidade local. Do início da empresa até os dias atuais, foram mais de 90 projetos visitados e inspecionados, “Nem todos os projetos visitados foram selecionados, alguns países ainda não possuem estrutura e segurança suficiente para que a gente se sinta seguro para enviar nossos voluntários”, conta Eduardo.

O principal objetivo da Exchange do Bem é ajudar a fomentar o voluntariado no Brasil. Hoje, já são apoiados mais de 70 projetos espalhados em 15 países, incluindo o Brasil, apoiando causas voltadas a proteção à infância, qualidade na educação, preservação de ecossistemas, empoderamento feminino, e programas focados à saúde. Em 2019, foram mais de 17.000 horas de voluntariado, e mais de 305 voluntários apoiando algum projeto, e só no primeiro mês de 2020, mais de 80 voluntários já participaram de uma viagem ao redor do mundo, ajudando mais de 20 projetos.

Em 2020, a Exchange do Bem expandiu sua rede e já apoia projetos em 4 regiões do Brasil, fortalecendo também a parceria com os projetos já existentes. Além disso, nesse ano foram lançados os produtos corporativos, uma iniciativa que convida as empresas a se engajarem com o voluntariado também. São 5 produtos oferecidos para as empresas: programas de benefícios, viagens de incentivo, teambuilding, ações de Treinamento & Desenvolvimento e consultoria em voluntariado.

Em busca do aprimoramento das atividades realizadas e de maior impacto nos projetos atendidos, a empresa conta com uma plataforma de capacitação para oferecer um programa de treinamento e capacitação do voluntário: “Trabalhamos para que o intercâmbio voluntário seja uma experiência transformadora tanto para o voluntário quanto para o projeto, então faz parte de nosso papel cada vez mais preparar esse voluntário para essa jornada”, comenta Sandra Santos. Nessa plataforma são disponibilizados cursos de desenvolvimento e também cursos técnicos.

Como funciona a Exchange do Bem?

A empresa conecta voluntários com diversos projetos sociais ao redor do mundo dando segurança e assistência em todas as etapas da sua viagem. Para participar, o voluntário tem três decisões importantes para tomar: o destino, o período e o projeto que deseja ajudar. Todas as informações, como as atividades, valores e o que está incluído, datas e descrição dos projetos podem ser encontradas no site: http://exchangedobem.com. É possível escolher projetos por país ou então por tipo de programa, como: proteção aos animais, empoderamento feminino, proteção à infância, saúde, esportes e fortalecimento da comunidade. Os voluntários podem ficar nos projetos entre 2 semanas e 6 meses. É possível entrar em contato pelo site, redes sociais, e-mail contato@exchangedobem.com ou fazer uma vista ao escritório na Av. Paulista, 2028 – 11º andar, Club Coworking – Bela Vista, São Paulo – SP.

Fonte: Assessoria de Imprensa / escolaaberta3setor.org.br

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